As perguntas sempre surgem baseadas na lembrança de casos de pessoas que passaram a sofrer de algum desconforto ou transtorno que relacionam ao fato de terem se submetido a estes procedimentos.

Do ponto de vista da Acupuntura esta questão é bem clara.

Antes de mais o quê, precisamos compreender a natureza humana. Qualquer intervenção nela tem conseqüência. Então, conhecer a natureza humana pode nos permitir agir sobre ela de forma segura e responsável. Somos uma unidade onde o físico está conectado com o energético, numa íntima inter-relação harmônica entre a anatomia visível e nossa ultra-anatomia, invisível.

Meridianos que são vias ou circuitos, por onde percorrem energias que nos mantém vivos, percorrem todo o nosso corpo. Não são visíveis por instrumentos de investigação humana, mas, estudos comprovam sua realidade em nós. Existem circuitos mais superficiais e outros mais profundos, que se relacionam com os órgãos, definindo o funcionamento de atividades vitais para a normalidade física, psíquica e emocional.

Uma perfuração, uma cicatriz, uma marca definitiva não tem como não é inocente, ou seja, interfere nos meridianos que caminham ao longo do corpo, tais como o do Rim, do Coração, do Intestino Grosso, Bexiga, Intestino Delgado entre outros. Interferências em nosso corpo alteram o fluxo de bioenergias que entram e saem do corpo. Alguns pacientes que se submeteram a estes procedimentos relatam problemas relacionados com o meridiano envolvido.

Estes procedimentos interferem necessariamente nestes meridianos, por isso, pode bloquear parcial ou totalmente a energia que trajeta por este meridiano, ocasionando danos que podem variar de leves a graves, podendo se manifestar mais brevemente ou num período mais longo, de forma aguda a permanente.

Assim, o que ocorre no corpo físico de uma pessoa se reflete em seu campo energético e vice-versa. Nesse sentido, uma intervenção, dependendo do tipo e local do corpo, vai atuar em graus variados, alterando o campo de energia do ser, intensificando e, possivelmente causando resultados nem sempre previsíveis, nem sempre reversíveis.

A história está repleta de casos de pessoas que trouxeram dos campos de guerra e do cotidiano, cicatrizes de ferimentos por projéteis, armas brancas, ferramentas e por flechas, que a partir de então passaram a sofrer de transtornos urinários ou intestinais, fadiga, alterações emocionais, do apetite, da fala e do sono, alterações cardiocirculatórias, perturbação da memória, da coordenação motora e do equilíbrio, calafrios e espasmos musculares, etc.

A perfuração do piercing é uma intervenção permanente que pode danificar ou deslocar os pontos e meridianos envolvidos, em qualquer parte do corpo, inclusive no umbigo, orelhas, mamilos, língua, pálpebras, órgãos sexuais, etc.

No peeling a epiderme é descontinuada, camadas são alteradas e subtraídas pelos procedimentos abrasivos, também produzindo alterações que podem ser permanentes.

Na tatuagem segmentos da pele são perfurados por vezes incontáveis, pelas agulhas que vão depositando tinta sob a pele.

Não tem relevância, nem faz diferença se os profissionais que atuam nessas áreas tem ou não tem conhecimento sobre os trajetos energéticos no corpo, se são ou não são formados por escolas de renome na área, se usam ou não usam luvas descartáveis, máscara e material esterilizado e certificado, se fizeram ou não fizeram curso sobre procedimentos seguros para a prevenção de HIV, da sífilis, hepatite B ou hepatite C, entre outras moléstias possíveis de transmissão pelo procedimento.

Aqui, a questão não se refere ao fato de que as tintas usadas para tatuagem têm ou não têm elementos cancerígenos, alergênicos e tóxicos como cobalto e mercúrio, se vão ou não vão cair na corrente sanguínea e instalar-se em órgãos vitais e prejudicar sua funcionalidade ou se as marcas de tinta para tatuagem são autorizadas por órgãos de defesa da saúde.

A questão aqui é o respeito, ou não, em relação à conformação original e funcional de sta maravilhosa complexidade perfeita chamada corpo humano, que passa a sofrer interferências e RISCOS DISPENSÁVEIS para uma vida normal. Muitos profissionais renomados da área de saúde, acham estes procedimentos uma interferência anti fisiológica, uma atitude anti anatômica que expressa insatisfação de si para consigo, uma auto estigmatização (veja outras opiniões de autoridades da saúde, na internet).

O termo tatuagem  vem do francês ”tatouage” e, do inglês “tattoo”. A tatuagem é um desenho permanente feito sobre a pele humana. Eram usadas desde o antigo Egito, China, Índia, Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia, aborígenes das américas e da África, mesmo anterior ao período compreendido entre 4.000 - 2000 a.C. Desde sempre a tatuagem tem sido usada principalmente com motivos religiosos, para a identificação tribal ou de pertencimento grupal, para afirmar a individualidade, para proteção contra o mal, para a beleza, para o bem-estar espiritual ou para marcar um estágio alcançado em movimentos religiosos ou ideológicos, por exemplo. A tatuagem tem por objetivo atrair a atenção, produzir uma marca pessoal que faça distinção entre os demais. Foi proibida por muitas religiões como pelo cristianismo, judaísmo, islamismo. Também serviu para estigmatizar o corpo da mulher adúltera, para marcar a prostituta, o presidiário, o escravo e o gado. O uso como adorno humano passou a ser mais popular entre nós, desde os anos 90, especialmente entre os jovens. 

(Robson Barbosa Lopes)

Matéria do programa Domingo Espetacular fala sobre a questão

ASSISTA Vídeo com Dra. Arlete Fatima Bellini, especialista em dermatologia falando sobre Tatuagem, É vantagem fazer uma tatuagem? Quais são os principais perigos?

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